Ele gostava quando ela dizia: - Sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você.
Ela gostava quando ele dizia gozado: - Você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo.
E de quando ele falava: - Calma, você tá tensa, vem cá. E a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito.
Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia: - Bobo, você não passa de um menino bobo.
. . .
(Caio Fernando Abreu)
São pequenas coisas que acabam tendo um grande significado... Parabéns por nos trazer esse texto simples, cândido, puro...
ResponderExcluirBom final de semana.