terça-feira, 6 de julho de 2010

Dias que não deixarei para trás.

A vida era lenta e eu podia comandá-la. Essa crença fácil tinha me alimentado até o momento em que, deitado ali, no meio da manhã sem sol, olhos fixos no teto claro, suportava um cigarro na mão direita e uma ausência na mão esquerda. Seria sem sentido chorar, então chorei enquanto a chuva caía porque estava tão sozinho que o melhor a ser feito era qualquer coisa sem sentido. Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram.

(Caio Fernando Abreu)

2 comentários:

  1. Bruna
    QUERIDONA,adoro esse jeitão caloroso com que vc me trata.
    Cada vez q venho aqui me lembro q vc vive no (MEU) Paraiso.

    ai ai ai e ainda gosta de Caio (e depois dizem que o pessoal mais jovem não tem nada na cabeça alem de balada )

    tem gente feito vc.........linda ,sensivel e cheia de conteudo.

    afagos enormes

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